Os 7 golpes do Pix mais comuns e como não cair neles

Todo dia saem de casa alguém que não presta a devida atenção na hora de mexer com dinheiro e alguém que sabe disso. Veja quais são os golpes do Pix que estão na praça e saiba como não cair

14 de novembro de 2022

Redação N26

Pix-header

Segundo dados do Banco Central, o Brasil tem quase 140 milhões de usuários com chaves Pix cadastradas e mais de 130 milhões com pelo menos uma transação feita - o que equivale a 70% de toda a população bancarizada do país. E se tem muita gente usando, é claro que também tem muitos golpes do Pix.

Grupos especializados em fraudes desse tipo aproveitam a velocidade e a praticidade da ferramenta pra agir. Por isso, é importante ficar de olho nos principais golpes relacionados ao Pix. Aqui vai uma lista útil.

O clássico roubo de dados

Esse golpe criado pra roubar informações funciona do mesmo jeito com Pix, cartão de crédito, boleto, transferência, etc. Até com muitas ações que nem envolvem dinheiro, como cadastros simples.

A estratégia é criar uma página falsa pra enganar quem está cadastrando sua chave Pix. Os golpistas enviam mensagens via SMS ou email com um link que leva a um site criado por eles. Assim que a pessoa insere seu nome, CPF, conta bancária e outras informações, já era.

Não caia: verifique mais de uma vez se você está em páginas verdadeiras do seu banco. Antes de inserir qualquer informação, cheque a url (o endereço que aparece no navegador). Se ela for muito comprida ou cheia de coisas que você não sabe identificar, desconfie.

WhatsApp clonado ou “troquei de número”

Os dois golpes de Pix mais comuns acontecem no WhatsApp e de forma quase idêntica. No primeiro, os golpistas clonam seu perfil e abrem ele em outro aparelho com o mesmo número, foto e nome. Aí começam a abordar os contatos com alguma desculpa pra pedir dinheiro.

Em outra versão, eles usam esses dados pra criar um perfil novo no WhatsApp, vinculado a um novo número de telefone. Fingindo ser a pessoa, mandam mensagens  explicando que trocaram de número e o mesmo papinho de pedir dinheiro. 

Não caia: ative no seu aplicativo do WhatsApp a função de verificação em duas etapas pra criar uma barreira de proteção na sua conta. E se for abordado por alguém conhecido via  Whatsapp pedindo dinheiro, ligue pra pessoa no número que você tem dela.

A fake news da falha no Pix

Aproveitando que notícias falsas se espalham rapidamente, os golpistas criaram uma história dizendo que existe uma falha ou bug no Pix que pode beneficiar quem for “esperto” - ou seja, a vítima. 

Os detalhes mudam de tempos em tempos, mas geralmente o boato diz que a pessoa vai receber de volta o dobro do valor que for transferido ou valores de “prêmios” predefinidos se mandar dinheiro pra determinadas chaves Pix. 

Quem cai acaba enviando dinheiro diretamente pro golpista (a chave é dele, claro).

Não caia: dinheiro fácil não existe. E se for anunciado em rede social, menos ainda. Pense duas, três vezes antes de acreditar em boatos sobre bugs no Pix (ou sobre qualquer coisa).

A central de atendimento falsa

Nesse esquema, os golpistas entram em contato fingindo ser da central de atendimento do banco em que a pessoa tem conta e oferecendo ajuda pra cadastrar uma chave ou dizendo que precisa ser feito algum tipo de teste.

A vítima é induzida a dar seus dados ou a criar a chave e fazer uma transferência via Pix (pra chave do golpista) pra testar seu funcionamento e sob a promessa de que o valor vai ser devolvido. Mas ele nunca volta.

Não caia: instituições financeiras não podem ativamente pedir dados pessoais de seus clientes, só quando alguma operação for solicitada pela própria pessoa. Além disso, não existem testes desse tipo com o Pix - e, se existissem, não te contatariam por telefone.

QR Code e comprovantes falsos nas transações

Como muita gente acaba comprando coisas e pagando via Pix, alguns golpes são dedicados a pegar quem faz as coisas sem prestar muita atenção nessa hora. Seja pra pagar ou receber.

Assim como o boleto falso, o QR code de algum lugar ou site também pode estar adulterado - levando seu dinheiro pra uma conta que não é a da pessoa ou estabelecimento que te vendeu. Se você está recebendo dinheiro, também pode ser vítima de golpistas que compram e enviam comprovantes falsos de transferência.

Não caia: cheque sempre o nome associado aos códigos e chaves que aparecem na hora de transferir e em todos os comprovantes de transação envolvendo o Pix. Se uma conta se diz jurídica, por exemplo, mas no comprovante aparece um CPF associado a ela, alguma coiss está errada.

Pix como investimento

O golpe é destinado a quem procura investimentos com retorno imediato e lucrativo. Nele, golpistas conhecidos como “reis” e “rainhas” do Pix usam vítimas pra lavar dinheiro - e roubar mais.

Funciona assim: perfis desses “especialistas” divulgam tabelas de valores que, se transferidos, podem dar retornos imediatos e predefinidos (e exorbitantes). Quem cai, envia o valor na esperança de que o retorno venha. Mas não vem.

Em alguns casos, pode até vir. Os golpistas escolhem algumas vítimas para receberem, de fato, algum retorno. Mas fazem isso pra lavarem o dinheiro sujo que estão recebendo com outros golpes. E a vítima que recebeu aquele retorno ainda pode ser enquadrada responsabilizada criminalmente como cúmplice.

Não caia: não existe retorno imediato e lucrativo para investimentos. Investir requer planejamento e conhecimento, então fuja de “oportunidades” desse tipo.

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